Edição #29: Autores da Bienal e Cézar Mendes
SUMÁRIO
Hoje você vai ler:
Notícias da semana sobre cultura
Resenhas de livros de alguns autores convidados na Bienal do Livro, entre 13 e 22 de junho
Perfil do compositor e violonista Cézar Mendes
Estreias da semana no cinema
PEGUE O POMBO
Pombinho aprecia seu ancestral em uma caixa de correio de Paquetá. Foto da editora Maria Clara Patané. Flagrou a gente por aí? Manda a foto no Instagram @opomborio ou por e-mail opomboredacao@gmail.com!
O QUE ROLOU?
🪸 Praias de Botafogo, Flamengo e Glória estão mais limpinhas
A qualidade da água melhorou a partir de intervenções no sistema de esgotamento sanitário, obras de infraestrutura e fiscalização, segundo o governo do Estado. O avanço na balneabilidade – que indica se a água é apta para banho ou outros usos recreativos – foi registrado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que garante: a Praia de Botafogo está própria para diversão desde 14 de maio. Cardumes de carapeba e tartarugas-verdes, uma das maiores espécies de tartarugas marinhas, já foram vistas nas águas cada vez mais cristalinas de Botafogo.
Em 2023, para reduzir resíduos na Baía de Guanabara, o Inea instalou 17 ecobarreiras em rios e canais que deságuam na Baía. Cerca de 1,2 tonelada de lixo é impedida de alcançar os mares. Os resultados das praias das Zonas Sul e Oeste da capital são divulgados pelo Inea semanalmente, toda sexta-feira.
💊 Mais Rivotril, menos cafézinho: Zona Sul tem mais drogarias do que padarias
São 425 farmácias contra 380 padarias na região, revela levantamento da Prefeitura do Rio. Copacabana, bairro com a segunda maior proporção de velhinhos da cidade, é campeã de drogarias: são 118, uma a cada 100 metros em média. No início de 2025, a Panificação Voluntários encerrou as atividades após 66 anos em Botafogo. No lugar dela? Mais uma unidade da Drogaria Cristal. Envelhecimento populacional e expansão agressiva das grandes redes explicam parte do fenômeno, exclusivo da Zona Sul até o momento.
Mas o Brasil quer pãezinhos: mais de 26,4 mil novos pequenos negócios no setor de padarias foram criados entre janeiro e abril de 2025, aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano passado. 86% dos pequenos negócios de panificação são microempreendedores individuais (MEI). Em seguida, há as microempresas (11,6%) e as empresas de pequeno porte (2,14%). O levantamento foi realizado pelo Sebrae.
🪗 Arraiá 0800 no Museu de Arte Moderna
Os pilotis e jardins do museu se transformam num arraial no dia 14 de junho, das 12h às 19h. Entre as atrações, aulão de forró com o grupo Forró de Rua, apresentações de quadrilhas juninas e concurso de melhor traje junino. Os três looks mais criativos ganham vales de consumação na Cantina do MAM, com prêmios de R$200, R$150 e R$100. A feira gastronômica Junta Local se achega ao arraiá com barraquinhas de comidas e bebidas artesanais.
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo, Rio de Janeiro. Entrada gratuita.
LITERATURA
Bienal do Livro 2025: conheça 3 livros de autores convidados
O mais emblemático evento literário da cidade conta com mais de 300 convidados, entre autores, editores, ilustradores e outros profissionais da literatura, entre os dias 13 e 22 de junho. O Pombo estará por lá no primeiro fim de semana para conferir todas as novidades da Bienal no ano do Rio Capital Mundial do Livro. Para o esquenta, indicamos obras de 3 autores que estarão lá pelo Riocentro:
Feliz Ano Velho, de Marcelo Rubens Paiva (1982)
Quem indica: João Marcello Santos
Nota: 🪶🪶🪶🪶 /5
Feliz Ano Velho, publicado em 1982, é um clássico de Marcelo Rubens Paiva que marcou sua época. É pouco provável que um jovem dos anos 80 não tenha ouvido falar desse título. Em meio à derrocada do regime militar, o livro de Marcelo, junto a obras como o filme Menino do Rio, de Antônio Calmon, ajudaram a construir a imagem de toda uma juventude.
O romance autobiográfico narra a trajetória do autor após um acidente que o deixou tetraplégico aos 20 anos, quando sofreu uma lesão na coluna após mergulhar num lago raso. Foi um golpe duríssimo para um universitário festeiro, mulherengo, cheio de amizades e fã de esportes.
A partir do trauma, Marcelo faz reflexões sobre as dores (física e psicológica), os amores, os planos que surgem e se desfazem e a vida antes do acidente. O autor, sincero e impetuoso, narra sempre de maneira leve, como se estivesse conversando com um amigo. Estranho seria se os jovens da época não se identificassem de alguma maneira com ele. Além disso, a acidez das críticas sociais e políticas caminha junto a uma sensibilidade profunda, que não apenas resgata memórias bonitas da vida, como também aponta caminhos para continuá-la mesmo com os contratempos.
Feliz Ano Velho foi um presente da minha mãe e o li na pandemia, não lembro se em 2020 ou 2021. Assim como muitos, eu estava com bateria social de sobra em meio a todos aqueles meses de quarentena. A cada nova página era uma vontade ainda maior de fugir do confinamento, reencontrar os meus e conhecer o mundo lá fora. Foi um bom combustível para atravessar aquele período - o livro alimentou a visão de que o retorno à vida normal era inevitável, por mais demorado que fosse.
Pequena coreografia do adeus, de Aline Bei (2021)
Quem indica: Duda Chagas
Nota: 🪶🪶🪶🪶 /5
Em uma poesia fluída e viciante, o segundo livro da autora Aline Bei explora, através da protagonista Júlia, as cicatrizes deixadas por uma infância turbulenta. Através das memórias, Júlia busca encontrar uma identidade fora dos traumas que perduram do divórcio de seus pais, da violência da mãe e da ausência do pai. O livro explora as violências geracionais carregadas por mulheres - uma maldição que passa de mãe para filha - e também reflete sobre as possibilidades de quebra desse ciclo. No fim, a mensagem é de esperança: Entre versos desiguais, a protagonista processa suas emoções de forma catártica, liberando o cansaço de um corpo dolorido e sem carinho e deixando espaço para um novo afeto.
“Pequena coreografia do adeus”, é, ao mesmo tempo, um soco no estômago e um abraço acolhedor para aquelas que cresceram com o fantasma de uma família disfuncional. A obra é um ode à busca incansável pela esperança de moldar sua própria história, longe do que parece uma eminente profecia de falso amor e solidão feminina.
Toda a bibliografia de Raphael Montes (de 2012 a 2024)
Quem indica: Carol Mendes
O escritor brasileiro Raphael Montes caiu nas graças do público nacional com seus bestsellers de suspense Suicidas e Dias Perfeitos - e agora com o roteiro para a primeira novela da MAX, Beleza Fatal, lançada esse ano. O autor estará na Bienal do Livro, nos dias 19, 20 e 21 de junho.
Montes tem uma escrita direta, objetiva - visivelmente construída para prender o leitor - sem muitos rodeios ou pretensões de pedantismo. Suas temáticas sempre contam com crimes brutais, dilemas morais e reviravoltas, além de serem histórias ambientadas no Brasil - o leitor nacional joga em casa. Um de seus grandes trunfos é construir personagens complexos que são perdidos e perturbados, mas sempre humanos.
Suicidas, seu romance de estreia, foi publicado em 2012 com a proposta de ser uma espécie de quebra-cabeça a ser desvendado pelo leitor. Como em todas as suas obras posteriores, Montes procura tecer críticas sociais a partir da fórmula narrativa clássica de um thriller.
No livro “Jantar Secreto” (2016), ele aborda o canibalismo dentro de um contexto elitista com elementos do satírico e do grotesco, mas na medida certa; em “Bom Dia, Verônica” (2019), Montes foca na violência contra a mulher, misturando investigação policial com drama psicológico. E o livro Uma Mulher no Escuro (2019) complementa essa narrativa - a história acompanha o retorno de uma assassino à vida de Vitória, única sobrevivente de um crime cometido há 20 anos atrás.
Em “Família Feliz”, seu último livro, publicado em 2024, Montes ambienta a história em um condomínio fechado da Zona Oeste do Rio de Janeiro. A trama guia o leitor pelos questionamentos da personagem principal, que duvida da sua própria sanidade. Isso sem deixar passar inúmeras críticas à elite carioca e a tópicos do momento, como os bebês reborn.
Apesar de às vezes lembrar até demais escritores internacionais como Stephen King, Raphael Montes é, sem dúvidas, um nome interessante no cenário do thriller psicológico e suspense nacional. Isso porque ele traz para seus livros uma pegada bastante sombria, quase cinematográfica, o que o diferencia dentro do gênero no Brasil. Não por acaso, “Bom Dia, Verônica” teve adaptação na Netflix aclamada pelo público. Montes também roteirizou “Beleza Fatal” - último sucesso da HBO Max, e como os filmes “A menina que matou os pais” e “O menino que matou meus pais”.
Há quem o critique por uma certa exploração do grotesco ou por cair em clichês do gênero. Alguns leitores mais literários consideram sua prosa “simples demais”, mas isso, em parte, é uma escolha estilística voltada ao público que consome suspense como entretenimento.
É o tipo de autor que, embora não agrade a todos, não passa despercebido.




FIGURAÇA DA SEMANA
Violão amigo
Aos que seriam os 94 anos de João Gilberto, conversamos com Cézar Mendes, compositor fora da curva e amigo do ícone da bossa nova
Por Letícia Guimarães
Violão em mãos e sem camisa. A luz amarela iluminando o rosto. A sala pequena, mas cheia de quadros coloridos, fotografias diretamente do túnel do tempo e até um Grammy na estante. O professor, violonista e compositor Cézar Mendes se orgulha das paredes estampadas com suas lembranças. “Esse é o melhor lugar que a música já me levou”, ele afirma apontando para uma foto com os Tribalistas na Arena de Verona, na Itália. Cezinha, como carinhosamente é chamado pelos amigos, tem 73 anos e, apesar da parceria de longa data com músicos como Caetano Veloso e Capinan, decidiu fazer sua estreia nos palcos apenas neste ano. Cativante e querido por muitos, Cézar dá aulas de música, mais especificamente de violão, e se encanta ao encontrar musicalidade nos alunos.
Assim como Bethânia e Caetano, Cézar cresceu na cidade de Santo Amaro, no Recôncavo Baiano. “Morávamos na mesma rua”, ele diz. Sua mãe era dona de casa e o pai, caixeiro viajante. Ele é o sétimo de oito irmãos e foi o primeiro da família a trilhar o caminho musical.
Autodidata, Cezinha aprendeu a tocar violão sozinho. Ele descobriu a afinidade com o instrumento quando uma de suas irmãs pediu aos pais para aprender a tocar, o que na época era incomum. Na educação feminina, o costume era aprender o piano. Mesmo assim, sua irmã fazia aulas em casa e, ao final, sempre guardava o violão em cima do armário. Um dia, César pegou e tocou melhor do que o professor. “Sempre foi assim, se eu escuto tocar uma ou duas vezes, consigo tirar a melodia inteirinha”, conta. Quando ele começou o relacionamento com o violão, o irmão mais novo, Roberto, entrava no quarto dele de fininho e pescava a melodia que ele estava tirando. Roberto também aprendeu assim, seguindo os passos musicais do irmão. Já a irmã não deu continuidade às aulas.
Logo Cezinha ganhou o primeiro violão de presente de seu pai, um Giannini de cordas de aço. Ele descobriu que “com o violão não existe solidão”, lema que o guia até hoje, apesar de estar sempre rodeado de amigos. Em Santo Amaro, suas serenatas eram concorridas e os colegas pediam ajuda para arranjar namorada. Já ele estava mais preocupado com o concurso de música da rádio local. Por lá também, Cezinha escutou João Gilberto pela primeira vez, quando nem poderia imaginar que se tornariam bons amigos. “Escutar João foi uma coisa impactante na minha trajetória, ele mudou tudo para mim”, lembra.
Aos 16 anos, com a morte do pai, de quem era muito próximo, o compositor se mudou para Salvador. A essa altura, ele já sabia que os “verdadeiros e falsos” da dinâmica escolar não eram para ele e, então, decidiu não concluir o ensino médio. Começou a dar aulas de violão para se sustentar e seguir o caminho da música. Mas para César, o ano que mudou tudo foi 1998, quando compôs seu primeiro sucesso “Aquele Frevo Axé” em parceria com Caetano. Antes, ele apenas sonhava em compor, mas não enxergava sua capacidade para isso. A música foi lançada por Gal Costa no mesmo ano.
Em 2010, Cezinha recebeu uma recomendação médica: mudar-se para o Rio de Janeiro para buscar tratamento. Dito e feito, ele virou carioca honorário. No Rio, foi diagnosticado com Parkinson. Estima-se que 200 mil brasileiros sofrem com a doença. Mesmo com o diagnóstico, Cezinha não parou. Os anos seguintes foram repletos de estreias. Ele sempre sobreviveu de música, dando aula e fazendo canções, sendo bem ou mal pago. “Quando você é músico, tem um vício, compor é um vício.”
Em terras cariocas ele se tornou amigo do Papa da Bossa Nova, João Gilberto. A amizade começou através do telefone, que João tanto adorava. Cezinha foi escolhido para trocar as cordas do violão de JG. O encontro presencial só aconteceu depois de quase 9 meses de uma amizade telefônica. Era um dia como todos os outros, até que João ligou e avisou que estava indo visitá-lo. Depois disso, eles passaram a comer acarajé juntos toda sexta-feira. “A gente comia e ele dizia “a Bahia vem à mim”, eu achava engraçado, ficava feliz de estar na presença dele.”
A ligação entre os dois foi tão forte que Cézar compôs, em parceria com Arnaldo Antunes, a música “João” com o próprio JG acompanhando ao lado. “Ele passou o tempo todo emocionado e, claro, palpitando, balançando o dedo em negativa quando não era de seu agrado”, conta. João adorava tanto Cézar que já planejava o seu futuro como professor de música de Luisa Carolina Gilberto, a filha caçula. Lulu lembra de quando entrou com seu pai e sua mãe na casa de Cezinha pela primeira vez, “eu tinha cabelos longos, 12 anos, estava tímida e encolhida”. A memória do compositor não é muito diferente, “ela entrou quietinha como um esquilo e toda cabeluda”. Mesmo após o falecimento de JG, em 2019, a amizade dos dois perdurou através de Lulu, que agora é de fato aluna de Cézar. Em 2020, Luisa retornou à casa do professor. “Ela bateu na minha porta, dessa vez com cabelos curtos como os de Elis, e disse ‘Oi, gostou do meu cabelo? Quero ser cantora’, eu fiquei encantado”.
Sempre preocupado com a melodia, para Cezinha a música tem que vir naturalmente, se não vier ele não vai atrás. Os parceiros seguem o seu ritmo e ele se dá o tempo que precisa. O compositor lançou seu primeiro e único álbum em 2018. Único porque ele não tem planos para lançar outro, já que não gosta da comparação e sente que já se entregou todo nesse projeto. “Depois Enfim” é um disco com colaborações de peso, como Fernanda Montenegro, Arnaldo Antunes, Djavan, Adriana Calcanhoto, Marisa Monte e Caetano Veloso.
Aos 72 anos, César subiu aos palcos pela primeira vez em sua carreira. Para ele, a noção convencional de tempo é estranha. “Música não tem tempo, seja para subir em palco ou para criar. Não importa se estou velhinho ou frágil. Um compositor é a pessoa que mais sabe interpretar sua canção de autoria”. A estreia foi em Salvador, em seguida, ele fez shows no Rio de Janeiro, todos com a casa cheia. O violonista apresentou seu repertório sempre acompanhado de convidados especiais, amigos, a aluna Sophie Charlotte e o parceiro Tom Veloso, com quem ganhou um Grammy Latino em 2021 pela composição da música “Talvez”.
Cézar completou 74 anos em março deste ano e se ocupa das aulas de violão que leciona. Ele tem os movimentos limitados pelo Parkinson, passeia pouco, mas compõe a distância com os parceiros fieis. Continua tocando violão lindamente e consegue tirar a música inteira depois de ouvir a melodia uma ou duas vezes. Ele é um verdadeiro cultivador de amizades. Recebe visitas a todo momento, sua casa, em Ipanema, está sempre de portas abertas para que os amigos possam chegar, seja para um ombro amigo ou tocar um violão arrumado. Quer dizer, menos entre o mês de dezembro e o Carnaval, quando ele está visitando a Bahia para matar a saudade, que nunca vai embora.
ESTREIAS DA SEMANA
Estreiam nessa quinta (5) nos cinemas:
Ainda não é amanhã: Janaína é uma jovem de 18 anos criada pela mãe e pela avó na periferia do Recife. Bolsista de Direito, ela está prestes a se tornar a primeira integrante da família a obter um diploma universitário, mas a descoberta de uma gravidez inesperada a força a reavaliar seus sonhos e sua trajetória. Drama. 🇧🇷
A procura de Martina: Martina é uma viúva argentina que procura há mais de trinta anos pelo neto, nascido em cativeiro durante a ditadura militar. A necessidade de encontrá-lo se torna ainda mais urgente quando Martina recebe o diagnóstico de Alzheimer. Ao descobrir que o neto pode estar no Brasil, Martina embarca em uma jornada onde passado e presente se misturam, transformando sua busca em uma luta contra o esquecimento. Drama. 🇧🇷
Memórias de um caracol: Grace é uma garota solitária que coleciona caracóis ornamentais. Ainda jovem ela foi separada do irmão gêmeo e a partir daí entrou em uma espiral contínua de ansiedade e angústia. Apesar das dificuldades, a menina volta a encontrar inspiração e esperança quando inicia uma amizade duradoura com uma idosa excêntrica chamada Pinky. Comédia romântica.
Daaaaaalí!: Uma jornalista francesa encontra o icônico artista surrealista Salvador Dalí em diversas ocasiões para um projeto de documentário cuja realização se revela difícil e cheia de surpresas. Comédia/Drama.
Teleférico do amor: Iva começa a trabalhar como atendente num teleférico que liga uma aldeia nas montanhas a uma pequena cidade no vale. O teleférico tem duas gôndolas e, enquanto uma sobe, a outra desce, se encontrando no meio do caminho. A atendente da outra gôndola é Nino, que cruza com Iva nos ares a cada meia hora. Até que, certa noite, as duas se encontram depois do horário de expediente. Comédia romântica.
Os três reis: Baltazar, preso pelo assassinato do namorado da mãe, está jurado de morte na prisão. Gaspar, seu irmão, é mecânico em uma oficina de fuscas. Belchior, o caçula, nunca viu o pai e é enfermeiro de um hospital municipal. Eles moram em Santa Branca, cidade natal da família Alves, e decidem realizar o último desejo da mãe: levar uma carta ao pai, que é um famoso cantor e empresário musical. Comédia. 🇧🇷
Oh, Canadá: Leonard Fife, um dos 60 mil desertores que fugiram para o Canadá para não servir no Vietnã, compartilha todos os seus segredos para desmitificar sua vida mitificada. Drama.
Vencer ou morrer: 1793 Revolução Francesa. Há três anos, Charette, um jovem aposentado da Marinha Real, voltou para casa. No campo, a raiva dos camponeses reverbera: eles apelam ao jovem reformado para assumir o comando da rebelião. Em poucos meses, o marinheiro ocioso torna-se um líder carismático e um estrategista astuto, trazendo em seu rastro camponeses, desertores, mulheres, idosos e crianças, com os quais forma um formidável exército. Épico.